A comunidade escolar do Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, fundado em 15 de junho de 1930, tem demonstrado uma luta constante por melhorias em sua infraestrutura. Desde 2012, a escola espera por uma reforma geral, e essa mobilização culminou até mesmo na ocupação do espaço, que foi desocupada sob a mediação do Ministério Público, em um acordo que envolveu o Estado. O processo licitatório para a reforma foi iniciado no final do governo anterior, a partir de um empréstimo de R$ 29 milhões obtido junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
Ao longo de suas 85 anos, o Cristóvão, como é carinhosamente conhecido, tem sido um pilar da educação na Serra Gaúcha. Embora enfrente desafios como problemas de infraestrutura, sua importância na formação de professores e na comunidade local é indiscutível. Atualmente, a escola conta com aproximadamente 1.673 alunos e 97 professoras, atuando em um espaço de 8.314 metros quadrados, o que a torna a maior escola do Estado em área construída.
Além de oferecer formação normalista, com 251 alunos em magistério, o Cristóvão mantém uma tradição de inclusão e acolhimento, servindo mensalmente 25 mil refeições e mantendo uma banda marcial que há 50 anos se apresenta em eventos municipais. Essa banda, composta principalmente por ex-alunos e pais, contribui para a formação cívica e cultural dos estudantes.
A diretora da instituição, Fabiana Simonaggio, expressa a complexidade do cotidiano escolar: "Quando chego aqui cedo, pela manhã, fico imaginando todos os problemas que vou enfrentar. É um misto, na verdade. Porque junto aos problemas, há muitas alegrias. Os alunos são a alma do colégio."
Entretanto, a comunidade escolar enfrenta um longo processo de espera pelas reformas necessárias. O Cristóvão é proprietário do maior auditório de Caxias do Sul, que permanece interditado há dois anos devido a problemas de segurança. Apesar das tentativas de incluir a escola em programas de reforma, a falta de investimentos tem atrasado as melhorias.
A visita do governador Eduardo Leite à escola representa uma oportunidade não apenas para celebrar a continuidade dos trabalhos, mas também para lembrar os cinco anos de espera pela reforma, consequência de decisões que afetaram o andamento das obras. A comunidade espera que essa visita não apenas traga alívio, mas também reafirme o compromisso com a educação e com o futuro dos alunos do Cristóvão de Mendoza.
A cidade que queremos no futuro, a nossa Caxias 2040 tem como base a educação. Dessa forma, estaremos sempre mobilizados para acompanhar e apoiar as melhorias neste importante tema.
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