Hospitais e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e lideranças regionais apresentaram demandas em reunião virtual promovida pelo MobiCaxias. A agenda, ocorrida na manhã desta terça-feira (06), contou com a presença do senador Luis Carlos Heinze (PP) e foi conduzida pelo chamado MobiSaúde. Isto porque as principais demandas do momento envolvem o enfrentamento da pandemia e o abastecimento da rede de atendimento.Â
De parte da Serra existe a esperança de que Heinze possa intervir junto ao Governo Federal para auxiliar na agilização de alguns processos e facilitação de outros. Dentre estes está a liberação ou alteração de regra da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que exige determinado certificado para a importação de medicamentos. Ocorre que somente a própria Anvisa pode fornecer essa documentação e isso atrapalha, por exemplo, a compra dos insumos necessários para a intubação de pacientes.
Complexos hospitalares estão buscando a aquisição destes itens junto ao mercado externo por conta da dificuldade do fornecimento pela indústria farmacêutica brasileira. Laboratórios que produzem os sedativos, anestésicos e relaxantes musculares no Brasil tiveram toda a capacidade requisitada administrativamente pelo Ministério da Saúde. Diante do salto na demanda e nos preços, esta medida foi tomada como estratégia para baixar os custos das drogas e garantir os estoques das unidades cadastradas. Assim, os estabelecimentos privados não vêm conseguindo adquirir o chamado “kit intubação”. Já as instituições que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) precisam de agilidade na distribuição.
A coordenadora do MobiSaúde, Dilma Tessari, explica que toda a importação de medicamentos precisa da referida chancela da Anvisa. Ela reforça a cobrança para que alguma alteração ou medida seja tomada para reduzir o aguardo pela compra dos insumos no exterior. Diretora da Unimed Nordeste RS, relata o aumento exponencial da demanda pelas substâncias na instalação da rede em Caxias. A médica frisa que as drogas são necessárias durante todo o período de intubação de um paciente em internado em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Dilma lembra que os quadros mais graves de Covid-19 têm mantido os infectados por longo tempo nas UTIs.
O MobiSaúde foi criado ainda em 2019, com o objetivo de acompanhar de forma mais próxima este setor dentro do grupo Mobilização por Caxias do Sul. O segmento já trabalhava com projetos para o futuro da área na cidade, mas a pandemia deve fazer com que haja modificação nos planos. Isto pois a estrutura caxiense foi amplamente modificada para o enfrentamento da crise sanitária e já se projeta que o futuro conte com impactos negativos da paralisação de cirurgias eletivas.
FONTE: https://radiocaxias.com.br/portal/noticias/mobicaxias-articula-apoio-em-brasilia-por-demandas-da-saude-125054
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Fonte: Rogério Rodrigues
Diretoria Executiva -Â MobiCaxias