Chuva, frio e umidade exercem impacto sobre o solo. Operações de tapa-buracos, remendos e pavimentação no maior município da Serra foram retomadas nesta terça-feira (16).
As condições climáticas, como temperatura, chuva e umidade, desempenham um papel fundamental na realização da pavimentação asfáltica em vias urbanas, como ruas, avenidas e rodovias. Em Caxias do Sul, a chuva, frio e umidade, principalmente nos últimos dois meses, têm causado atraso em operações de tapa-buracos, remendos e pavimentação, que foram retomadas nesta terça-feira (16), após o retorno do sol.
Conforme a presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Maria de Lourdes Fagherazzi, para executar o asfaltamento, seja para pavimentar uma rua inteira ou para fazer um remendo, a temperatura deve estar acima de 10°C. Além disso, não pode estar chovendo, pois a penetração da água nas camadas do pavimento pode causar danos, como erosão do solo, diminuindo a estabilidade do asfalto. Além disso, a umidade pode acelerar a deterioração do asfalto, resultando em rachaduras e desgaste.
— Nos últimos dois meses, praticamente nós tivemos só chuva e muita umidade. Isso impediu que a gente fizesse esse trabalho. De qualquer forma, nós estamos com uma força-tarefa muito grande, com mais de 10 equipes na rua fazendo o trabalho, justamente para que possamos aproveitar a melhora no clima. Acreditamos que, até o final da semana, possamos colocar a cidade em ordem, nesse sentido dos buracos nas ruas — afirma a presidente.
Ainda de acordo com Maria de Lourdes, em condições climáticas variáveis, com mudanças frequentes de temperatura e umidade, o asfalto pode enfrentar desafios adicionais. Se chover pela manhã e sair sol à tarde, o solo ainda não poderá receber a pavimentação ou a camada de fresagem para tapar um buraco.
— As ruas ficam úmidas e os buracos cheios de água, o que também é uma dificuldade para podermos fazer o serviço. Não é só a questão do sol, pois, se chove em um período, as ruas ainda ficam úmidas e os buracos cheios de água, e a água é inimiga do asfalto — detalha.
NOVA USINA DE ASFALTO
A presidente da Codeca salienta que a falta da usina de asfalto em Caxias do Sul também dificultou os trabalhos. O maquinário anterior ficava junto ao britador municipal e foi completamente destruído pelo deslizamento de uma encosta no dia 12 de maio. A ocorrência resultou na morte do servidor Luciano Henrique Santos Lacava, 49 anos.
Hoje, a Codeca compra asfalto de Bento Gonçalves, mas, conforme Maria de Lourdes, a empresa já analisa a possibilidade de fazer um contrato com outra empresa de Caxias do Sul para fornecimento do material.
A instalação da nova usina de asfalto em Caxias do Sul deve ser concluída na primeira semana de agosto. Segundo a presidente da Codeca, a estrutura já foi comprada e o contrato com o fornecedor já foi assinado. Neste momento, estão sendo feitos os trabalhos de infraestrutura para que possa ser instalada. Após a implantação, serão realizados testes. A nova usina ficará às margens da RS-122, em frente ao Porto Seco de Caxias.
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